Mardoqueu Stern, filho de judeus lituanos, de uma família simples, conhece Carlos no Colégio Padre Juvêncio, freqüentado por filhos de fazendeiros e de industriais. Carlos era negro. Como eu, Carlos fora admitido graças ao padre Otero.
O pai dele, consultor jurídico de uma grande estatal, tinha sido transferido de Salvador para São Paulo. Era um homem que ganhava bem, e queria colocar o filho num bom colégio, mas encontrava dificuldades – por razões óbvias. Entre os dois nasce uma grande amizade. Porém, juntos, enfrentam a discriminação, a injustiça e a incompreensão.
A respeito desta comovente história, o autor, Moacyr Scliar, descendente de emigrantes judeus russos comenta: Minha infância e minha juventude foram marcadas pela sombra do preconceito. (…) Não estou só me referindo à cor da pele. Estou me referindo a idéias, a sentimentos, a emoções. Deseja, assim, compartilhar com os jovens leitores uma história sobre esperança, amizade e amor.