O Ciclo das Águas (1977)

Esther, seu pai mohel (homem que faz a circuncisão entre os judeus), o enigmático Mêndele, o famigerado Leiser, o apaixonado Rafael, a fiel Morena, o larápio Gatinho. Uma pequena aldeia na Polônia, Paris, Buenos Aires e finalmente Porto Alegre. O ciclo das águas se fecha como o destino. Vidas de judeus errantes que convergem, ao final, com sua fé, sua história e mais nada.

Na saga de Esther, a prostituta, perpassam as tragédias e as pequenas alegrias. Mulheres que eram trazidas da Europa sob vários pretextos para, na verdade, se prostituírem nos cabarés da América. A América; sonho dourado de uns, pesadelo de outros. Com impecável técnica literária, Moacyr Scliar conduz o leitor por mundos longínquos, geralmente duros, cheios de surpresas, aventuras e desventuras. A fé na religião que se dissolve no ciclo das águas. Uma história que mostra faces da história do povo judaico e sua diáspora.

Traduzido em vários idiomas e autor de mais de 50 livros entre romances, novelas, contos e crônicas, Moacyr Scliar teve o seu romance O centauro no jardim escolhido pelo National Yiddish Book Center, dos Estados Unidos, como o único livro brasileiro relacionado entre as 100 melhores obras de temática judaica escritas em todo o mundo nos últimos duzentos anos. Fazem parte desta lista escritores como Heinrich Heine, Franz Kafka, Isaac Babel, Leon Feuchtwanger, Bruno Schultz, Primo Levi, Arthur Miller, Philip Roth e os prêmios Nobel S. Y. Agnon, Saul Bellow, I. B. Singer, Elias Canetti e Elie Wiesel.

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