Ao lermos o título da obra “A palavra mágica”, ficamos nos perguntando que palavra é essa: seria tal como aparece nos contos maravilhosos que ouvimos desde criança? Diferentemente dessa hipótese, ao contar a história do intratável Lucídio, brigado há muito com a família e reconduzido ao afeto familiar pela disponibilidade amorosa de seu neto Pedro, o autor vai nos revelando aos poucos os múltiplos significados da “palavra mágica”. Ficamos sabendo que, apesar de toda palavra mágica possuir poderes extraordinários, nessa história trata-se de uma palavra comum, tão comum que “quer partilhar a vida com os outros”, ou seja, conviver com as outras plavras, com as quais forma frases e as frases formam uma história. Pois não é que existe magia em cada história contada? Porque “quando o escritor sabe contar uma boa história ele mexe com a gente, não é mesmo? É como se a gente estivesse vivendo outra vida, a vida das personagens”.