Relato fictício sobre uma mulher anônima que, há três mil anos, torna-se autora da primeira versão da Bíblia. Narrativa maliciosa que alterna a dicção bíblica com o baixo calão.
Ajudada por um ex-historiador que se converteu em “terapeuta de vidas passadas”, uma mulher descobre que, no século x a. C., foi uma das setecentas esposas do rei Salomão — a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever. Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade — e, em particular, a do povo judeu —, tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso.
Com uma linguagem que transita entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão, a anônima redatora conta sua trajetória, desde o tempo em que não passava de uma personagem anônima, filha de um chefe tribal obscuro.