As crônicas de Scliar
A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação. De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.
Este espaço é dedicado a uma seleção das crônicas escritas por Scliar para estes dois veículos de comunicação. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.
Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.
Lembrando Clarice
Uma vez, levei Clarice Lispector para ser entrevistada na TV por Celia Ribeiro. Clarice simplesmente não respondia às perguntas, o que, diante da câmera, era um problemão. Mas a escritora era assim mesmo, reservada, enigmática.
Dolorosa e reveladora milonga
Romance de Tony Cartano ajuda a compreender a Argentina de hoje, como se o próprio país fosse submetido a uma sessão de psicanálise.
O amor a distância
Vivemos em novos tempos e temos de nos adaptar: o importante é que as pessoas continuam se querendo.
Um intérprete da realidade americana
O escritor Saul Bellow – morto na última terça, aos 89 anos – fez sofisticada literatura a partir de sua condição de filho de imigrantes nos Estados Unidos.
Médico & Monstro (no trânsito)
Cada um de nós tem dentro de si o médico bonzinho e o monstro malvado, como constatei numa noites destas.
Poder e paranóia
Nos Estados Unidos, o poder é maior. É econômico, é político, é militar. Mas não neutraliza os imensos problemas que o país enfrenta em várias frentes.