As crônicas de Scliar
A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação. De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.
Este espaço é dedicado a uma seleção das crônicas escritas por Scliar para estes dois veículos de comunicação. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.
Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.
A imagem viva do Brasil
Nestes 500 anos de História, quais são as figuras que personificam o nosso país, que sintetizam, por suas qualidades e seus defeitos, suas grandezas e suas misérias, a trajetória do Brasil?
Um reduto da paixão
Uma homenagem do Moacyr Scliar ao centenário do Colégio Julio de Castilhos. Ele lembra que estudou ali 4 anos e do incêndio que quase acabou coma a escola. A fundação do Julhinho foi em 23 de março. Talvez fosse bom antecipar essa crônica para coincidir com o aniversário.
Memórias de um quase pianista
Delicioso texto em que o Moacyr Scliar fala dos tempos em que estudou piano. Sonho que nunca foi adiante. Tinha uma professora gorda, que nunca sorria e batia nos dedos do Moacyr cada vez que ele errava uma nota.
Escrevendo o futuro
A crônica de estreia deste projeto, escrita em 26 de dezembro de 1999, é um belíssimo texto em que Moacyr fala do filme “Jonas que terá 25 anos no ano 2000”, um filme que o comoveu. Ele lembra que o filho Beto terá 21 anos em 2000. É mais do que uma coincidência, é um fato simbólico.
A volta de Tarzan
Tarzan é antes de mais nada uma história de sucesso. O criador do personagem, Edgar Rice Burroughs (1875–1950), vinha de uma trajetória de sucessivos fracassos. Reprovado na Academia Militar de West Point, tentara várias profissões: caubói, policial, mineiro. Como outros americanos antes dele (Jack London e Mark Twain), resolveu arriscar-se na literatura para ganhar um dinheirinho.
Minha vida como ladrão
Texto engraçado em que Scliar lembra um aviso misterioso que surgiu na tela do computador. Atenção, pois, ladrões: nunca roubem computadores. “Não lembro mais o texto exato, mas dizia que eu acabava de cometer um ato ilegal e que seria desligado (o computador, o programa ou eu, não ficou claro).