As crônicas de Scliar
A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação. De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.
Este espaço é dedicado a uma seleção das crônicas escritas por Scliar para estes dois veículos de comunicação. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.
Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.
Um quieto furacão
Roberto Drummond não era apenas um grande escritor, era um ser humano fascinante, desses que marcam a nossa vida.
Nove do Sul
Aqui Moacyr Scliar descreve a aventura que foi publicar essa obra coletivo no início dos anos 60. Ele fala de Carlos Stein, do Josué Guimarães, Sérgio Jockymann, Lara de Lemos, Ruy Carlos Ostermann e Cândido de Campos.
Memórias da Campanha
Agosto pode não ser o mais cruel dos meses brasileiros, como o abril de T. S. Eliot, mas é certamente o mais sério, quando mais não seja por causa de sua localização no calendário. No Brasil, o primeiro semestre não existe: começa com a festa de 1º de janeiro, continua com o veraneio, com o Carnaval, com a Páscoa. O segundo semestre é diferente.
O furioso e gentil irlandês
Oscar Wilde, um cavalheiro, construiu sua obra sob o signo da sátira quase selvagem.
Retrato do artista quando jovem
Aqui Moacyr Scliar escreve sobre Carlos Scliar e o orgulho de ser seu primo. “Senti-me ainda mais orgulhoso ao ver a bela exposição de seus trabalhos mais recentes na Usina do Gasômetro. Mais do que esses trabalhos, contudo, comoveu-me uma tela que figura no acervo Gilberto Chateaubriand, ora no Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
Um mestre da história curta
Ganham nova edição no Brasil os contos fantásticos de “Octaedro”, de Julio Cortázar, escritor argentino que foi símbolo da resistência política nos anos 60.