As crônicas de Scliar
A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação. De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.
Este espaço é dedicado a uma seleção das crônicas escritas por Scliar para estes dois veículos de comunicação. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.
Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.
A ilha do consumo (e da fantasia)
O shopping é um símbolo de nossos tempos. É uma invenção americana, como a tevê e a Internet. Mas é melhor shopping do que bombas.
Filme e realidade
Os americanos têm duas faces. Uma é ameaçadora, a belicosa da guerra. A outra é amável, a do cinema e dos seus Oscar.
Batatas aos pés de Deus
Completaram-se na última quinta os 50 anos da morte de Josef Stalin. O líder soviético teve entre suas sinistras premissas a de que até vale sacrificar algumas vidas em benefício de outras.
O que a literatura tem a dizer sobre a guerra
No cinema, na literatura, nas artes plásticas, na música, há obras memoráveis que, fugindo do tom panfletário, pedem – exigem – paz. É o caso deGuernica, de Picasso, obra-emblema do pacifismo. No cinema, Kubrick comparece com Glória Feita de Sangue. Na literatura, reluz Nada de Novo no Front Ocidental, do alemão Erich Maria Remarque.
Descobrindo a emigração
No ano em que se comemora o centenário da publicação de “Canaã”, de Graça Aranha, ganham força livros, filmes e novelas que recriam a sagra dos colonizadores do Brasil.
Três casacos e suas histórias
Na hora de escolher um casaco, apossa-se de mim o espírito de Hamlet. Comprar ou não comprar?