As crônicas de Scliar
A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação. De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.
Este espaço é dedicado a uma seleção das crônicas escritas por Scliar para estes dois veículos de comunicação. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.
Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.
A lista de Sigmund Freud
Sérgio Paulo Rouanet esmiúça em dois volumes os 10 livros e os 10 autores mais caros ao pai da psicanálise, conforme seleção feita pelo próprio Freud em 1906.
Um dia, um livro
A ação de “Ulysses” se passa num único dia, 16 de junho de 1904, numa única cidade, Dublin.
Onde estão as noivas de antanho?
Desculpem, mas essa pergunta me parece pertinente numa época em que até o casamento parece estar saindo de moda.
A mãe de Eva
Ela não teve uma genitora. Não houve uma mulher em cujo colo ela pudesse sentar, dormir ou sonhar.
Cultura no banheiro
Não, não se trata de um costume de gente estranha. Muita gente lê no banheiro. Ernest Hemingway lia muito.
O lamento do machismo desconsolado
Será que não ter qualquer vaidade faz de alguém uma pessoa de verdade?